Marci Lima

A morte… Um enigma que me fascina e assusta ao mesmo tempo. Às vezes, me pego pensando como seria partir. Seria doloroso? Um apagar gradual da existência, como uma vela que se esvai?

Essa obsessão não vem de uma crise existencial, mas de uma profunda reflexão provocada por dois dramas coreanos que mexeram comigo. Prepare os lenços, porque a história é emocionante!

Eu, que antes criticava quem se dedicava a K-dramas, me tornei uma fã incondicional. Esses dramas me levaram a um turbilhão de emoções e me reacenderam a paixão pela escrita.

Confesso que pensei muito antes de publicar esta crônica, devido ao assunto ser extremamente sensível. Mas de certa foram a reflexão vale a pena e antes de começar te faço uma pergunta- você está vivendo ou apenas existindo?
Em “O Jogo da Morte”, acompanhamos o personagem interpretado pelo ator Seo In-guk, um homem que, depois de uma sequência de fracassos, decide tirar a própria vida. Mas, em um ato desesperado, ele escreve uma carta desafiadora para a morte, minutos antes de partir. É nesse momento que a morte surge com uma proposta: 12 chances de reviver os últimos momentos de pessoas prestes a morrer em acidentes fatais. Ele precisa impedir essas mortes e, ao mesmo tempo, enfrentar o peso das suas próprias decisões. O drama nos mostra o impacto devastador do suicídio, tanto para o indivíduo que parte quanto para quem fica. Chorei muito em cada episódio, torcendo para que ele encontrasse a redenção.

“Amanhã”, por outro lado, nos coloca na pele de Choi Joon-woong, Personagem interpretador por Ro Woon, um jovem que entra em coma ao tentar salvar alguém que tentava se suicidar. Ele acorda em um mundo sobrenatural e recebe uma proposta dos “Ceifadores”: trabalhar com eles, tentar salvar vidas e, em seis meses, voltar à vida e realizar seu sonho. Ou recusar e permanecer em coma por dois anos. O drama nos apresenta histórias complexas e personagens cativantes, cheios de nuances e dilemas. Enquanto em “O Jogo da Morte”, Choi Yi Jae tenta impedir que a morte aconteça de forma trágica, em “Amanhã”, Choi Joon-woong luta para salvar aqueles que querem fugir da dor. A vida e a morte, a dor da depressão, o desejo de acabar com o sofrimento… Esses dramas nos confrontam com questões universais e nos levam a refletir sobre o verdadeiro valor da vida.

Se você está passando por momentos difíceis, saiba que não está sozinho. Espero que o universo te acolha com um abraço reconfortante e te ajude a superar essa fase.

Fique em paz.

Beijos escritos,

Marciana Lima